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A Douta Ignorância

Política, Economia, Literatura, Ciência, Actualidade

A Douta Ignorância

Política, Economia, Literatura, Ciência, Actualidade

Estes ateus são todos uns bastardos

Rui Passos Rocha, 18.04.10

Constou-me que o blogue de onde recebemos mais visitas é o Portugal dos Pequeninos (talvez sirvamos para descerrar os dentes de uns quantos alunos da aula diária de educação moral), o segundo melhor nome que pensámos dar a este poiso - logo depois de O Valor das Ideias, mas pensámos que o senhor bipolar, de sua graça Carlos Santos, já havia feito demasiado mal às acções do Millennium BCP em 2009. Ficámo-nos por A Douta Ignorância, a quarta opção, logo abaixo de Arrastão, por temermos ser ameaçados por gangues da Amadora, neo-nazis, a Diana Andringa e o Daniel Oliveira (por ordem crescente). Assim como assim, o Nicolau de Cusa já cá não está para nos dar um chuto. Quem está, e vai exercitando os tornozelos diariamente no blogue, é João Gonçalves - uma das poucas pessoas em quem encontro o paradoxo de ler umas coisas com qualidade e, nas pausas, defender Santana Lopes enquanto ouve Verdi. Escreveu o autor da Bertrand que «no dia em que a "igreja tal como a conhecemos" acabasse, era o homem, tal como o conhecemos, quem tinha acabado». Tem razão: nada seria como dantes. Vejamos a Holanda, o país com mais homens calvos por quilómetro quadrado, certamente por influência da Reforma. Para além de que andam todos de bicicleta, esses mariconços amorais e ganzados, e de que até o seu protofascista (todos os países que se prezem têm um) Geert Wilders tem ar de quem conseguiria o voto do Carlos Castro. Não esqueçamos também que o fim da Igreja seria trágico do ponto de vista político: para além dos clubismos no futebol, por estes lados ocidentais não há mais para onde olhar quando se procura partidarismo fora da política. Sem a Igreja, camuflar erros (belo termo para falar de pedofilia) internos passaria a ser apenas coisa de políticos, gente vil por natureza; mas com uma Igreja o erro também pode vir com batina e inspiração divina. Excepto quando esse "erro" se consuma, claro, porque aí a batina deve estorvar um bocadinho.

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