Inversões e assim
Quem vos escreve percebe tanto da Constituição e das engrenagens institucionais da esterqueira como a sua tartaruga de estimação, mas quer parecer-lhe quem em toda a questão do Orçamento de Estado há um equívoco um tanto ou quanto escusado relativamente a quem deve agradar a quem.
Segundo julgo saber, quem tem de gostar do Orçamento de Estado é o Parlamento, um casebre que alberga os representantes eleitos do povo e assim. Ora, nestes dias cinzentos, o senhor primeiro-ministro está esquecido do detalhe e parece pensar que é o Parlamento, ou seja, o casebre que alberga os representantes eleitos do povo e assim, que tem de se vergar perante ele. Não, não tem. Se o senhor primeiro-ministro não apresenta uma proposta de Orçamento de Estado que agrada ao povo representado, então tem duas hipóteses: mudar ou sair. Houvesse políticos na Política e nenhuma outra alternativa seria possível.