E estou a ser humilde
Quero desde já prevenir o preclaro (ó pra mim a usar um termo do Tiago para desenjoar) leitor para o facto de que sentirá um evidente desnível intelectual entre si e os autores deste cantinho idílico da blogosfera portuguesa: é que nós fazemos parte dessa casta (e como, ó deuses, é difícil aceder a tal patamar) de indivíduos cuja inteligência é claramente superior à de quase todos os restantes seres humanos – o que, como devem imaginar, dá enxaquecas insuportáveis. Quase todos porque não ousamos equiparar-nos ao Daniel Oliveira, um verdadeiro very liberal à americana [“I provisionally define liberalism (as opposed to conservatism) as the genuine concern for the welfare of genetically unrelated others and the willingness to contribute larger proportions of private resources for the welfare of such others. In the modern political and economic context, this willingness usually translates into paying higher proportions of individual incomes in taxes toward the government and its social welfare programs”]. Temos, ainda assim, algo com que contrabalançar: somos extremamente bonitos, logo intelectualmente superiores. Como a Joana Amaral Dias, vá; mas em homem.