O tiro e a culatra
A história repetiu-se incontáveis vezes. O governo minoritário queria ver aprovada uma política e, ao invés de a negociar, como numa democracia se espera, afixava ultimatos na porta de S. Bento. Ou a oposição se vergava ou o governo, na voz dos trauliteiros Sócrates, Lacão ou Silva Pereira, acenava com a ameaça da «crise política». Até agora tem resultado. A oposição vergou-se sempre, de forma mais ou menos pornográfica, mas sem excepção. Agora a bomba rebentou na mãozinha e o país só tem a ganhar com isso. Que venham eleições.