Comentário artístico-musical-cultural
Sem grande vontade de comentar o habitual, dei por mim a hesitar entre o comentário artístico-musical-cultural sobre Lady Gaga e o comentário artístico-musical-cultural sobre Justin Bieber. Porque não sou pessoa de pensar muito, decidi comentar artístico-musical-culturalmente ambos. Para deixar tudo desde já esclarecido, declaro ao leitor que de todas as coisas de que não percebo no mundo, a música é a que percebo menos. Sei que existem cantores, alguns vivos, e sei que oiço músicas, algumas mortas. Mais do que isso, não me perguntem. De qualquer modo, e porque isto é um blogue pouco sério, reservo-me o direito de comentar a Lady e o Delfim.
A primeira, uma vacalhona, perdoe-se-me o julgamento sumário, consegue concentrar, em cerca de quinze decímetros cúbicos, tudo aquilo que o comum mortal despreza: é feia como o raio, magra que dá cuidados e mexe-se de uma maneira que dificilmente rivaliza com os idosos do Lar Anos Dourados. A voz não comento, porque de gadgets não sei nada.
O segundo, uma criança que ainda nem deve ter entrado na puberdade mas que já foi alvo de lutas entre a elite musical do mundo que é o nosso – isto é como quem diz: entre o Usher e o Timberlake – parece que se esfrangalha todo – apesar dos gadgets – cada vez que diz baby – e ele diz baby muitas vezes.
Pessoalmente, e até porque padeço de condições mentais sobre as quais me escuso a escrever aqui, considero que poderíamos ter um bonito featuring entre os dois. O pequeno Bieber gosta muito de get alongar com moçoilas mais idosas – isto é, com treze anos – nos seus videoclipes e a Senhora de Gaga aprecia muito todo o género de javardice, por isso, não entendo como é que ainda não houve um poderoso videoclipe com muitos movimentos tcha-nan, um ou outro massacre fingido e t-shirts rosa choque. Factos inexplicáveis, estes.