Uncut (3)
Pelo que percebi há dois tipos de indignados:
- Os que rejeitam a austeridade da troika mas aceitam que vivemos uma crise. Estes tendem a pretender um aumento substancial dos salários e das pensões mais baixas, uma distribuição mais equitativa de rendimentos, com mais impostos sobre os mais ricos e a banca, a renegociação do plano de austeridade com a extensão do prazo de pagamento e cortes mais paulatinos, bem como punições legais para a corrupção e má gestão políticas.
- E os que rejeitam a austeridade da troika e a ideia de que estamos em crise. Estes defendem, para além das referidas medidas de justiça social, o não pagamento da dívida ou o o cancelamento de uma parte dela. Como se isso não tivesse consequências, aparentemente. Tanto quanto me pareceu, este é um grupo muito reduzido e, claro, o mais radical dos dois.
Quanto aos primeiros, com mais ou menos disto e daquilo podem ajudar a melhorar o caldo e seriam, penso, contentáveis se os cortes fossem tendentes a nivelar mais os salários e prejudicassem menos as classes baixa e média-baixa. Já os segundos deixam-me curioso: que planos teriam para a economia do país, caso governassem? Que resultados teriam as suas ideias postas em prática, sobretudo do ponto de vista externo? Alguém me pode ajudar?