Deixem-nos estar como estão [2]
A diminuição de feriados civis, sejam ou não importantes (o grau de importância é invariavelmente subjectivo, mas ainda há quem queira objectividade nisto), potencia um outro problema além das perdas de eficiência. O facto é que muitos dos custos da austeridade estão a ser suportados por uma ideia de esforço colectivo, de imperativo nacional, de patriotismo pobretanas. Erodir símbolos nacionais como são alguns feriados ou diminuir reconhecimentos públicos como aquele que é feito no Dia do Trabalhador são acções que constituem incentivos perversos. Se o colectivo julga descartáveis as suas auto-celebrações, então outras coisas poderão ser relegadas para segundo plano, como por exemplo honrar compromissos externos. E isto não está nos modelos económicos simples. Está na irmã marreca da Economia: a Sociologia.