Um exercício
Adoraria que os defensores do belíssimo ‘não pagamos’ falassem um dia com um alemão. Só um dia, com postura leve e descontraída, para que ele dissesse o que realmente pensa. Depois, sentiriam um nó no estômago quando ele dissesse ‘Yes, it’s your fault’. Aconteceu-me e, por uma vez, a minha vergonha pelo país em que nasci superou a mera pose – tornou-se realidade. Fazer o que for preciso para pagar a dívida não pode ser uma mera questão de cálculo económico. Tem de ser uma questão de dignidade e de respeito. Não pelos outros, mas por nós próprios.