Não me levem a mal, maluquinhos do CSI, mas também deveria haver limites para brincar aos criminologistas. Parece divertido aceder àquelas bases de dados gigantescas com o ADN de uns quantos pederastas, mas, vá lá, o Instituto de Medicina Legal precisava mesmo de contratar 30 pessoas e comprar duas maquinetas de um milhão cada para inserir dez perfis de ADN em ano e meio? Bem sei que, de tão bem cumpridas que foram as “expectativas de recolha de seis mil amostras por ano” (temos 10 – nove prisioneiros e um civil – em ano e meio), “está tudo a funcionar normalmente”. Afinal, o senhor que preside à coisa diz “não temos pressa”, por isso tudo bem. Para já, cada perfil de ADN só custou algo como 400 mil euros (se divididos os salários e os dois milhões dos sequenciadores de ADN).