Diálogo imaginário
O Estado não pode subir impostos para cortar o défice, tem é de cortar na despesa.
Porquê?
Porque subir impostos corta rendimento. Aprofunda a recessão.
Mas cortar despesa também. As pensões são despesa pública e rendimento de quem as recebe.
Mas eu falo da despesa da máquina do Estado, não é a despesa das pessoas.
Mas a máquina consome basicamente salários e bens e serviços, que também é rendimento dos funcionários públicos e das empresas.
Ah, mas eu falo da despesa supérflua: fundações, institutos...
Mas as fundações e institutos também fazem despesa em pessoas e bens e serviços. O dinheiro não é atirado ao mar.
Claro, mas se fecharmos fundações estamos a libertar recursos para o sector privado.
Sim, mas o efeito é o mesmo: aprofunda a recessão. São pessoas sem emprego e bens e serviços sem procura. No curto prazo, ninguém vai pegar nesses recursos.
Sim, sim, mas o Estado aprende a poupar no desperdício.
Mas isso também é válido para a subida de impostos. As pessoas não começam por cortar na comida. Vão ao desperdício.
Claro.
E então?
...
Hum?
Mas se aumentarmos impostos, estamos a retirar rendimento às pessoas.